Recifense é chamado pelo Bolshoi mas não tem recursos para aceitar

Fraude teria causado prejuízo de mais de R$ 12 milhões à Previdência
30 de outubro de 2014
Boteco do Fabio e Nando
30 de outubro de 2014

Com 13 anos de idade, Vinícius Ferreira é um colecionador de sonhos. Morador da comunidade do Chapéu do Papa, na Lagoa Encantada, no Ibura, na Zona Sul do Recife, o adolescente é um dos bailarinos aprovados na Escola de Teatro Bolshoi no Brasil, para a filial em Joinville, Santa Catarina, uma das seleções de dança mais disputadas do país. Dançando há apenas um ano, Vinícius recebeu ajuda de professores e da família para chegar até a etapa final e foi selecionado para o curso técnico de nível médio em Dança Clássica, mas ainda enfrenta dificuldades para arcar com as despesas na nova cidade.

“Eu competi com vários candidatos e sete foram escolhidos, inclusive eu, né? Estou muito feliz”, comemora o jovem. Apesar de o estudo ser gratuito, os gastos estimados em R$ 900 com alimentação e hospedagem numa casa indicada pela escola devem ser bancados pelo bailarino. O professor de Vinícius não tem dúvidas de que ele pode fazer uma carreira de sucesso no balé clássico.

“Existe muita determinação, muita disciplina, e a estrutura física que favorece muito ele. São fatores que, de fato, contribuem para esse sonho dele se tornar realidade”, aponta o professor Venícius Passos. Nas aulas, o talentoso morador da comunidade Lagoa Encantada também impressiona os colegas pela desenvoltura e persistência. “É meio que difícil ele errar, mas quando erra, ele tenta, tenta, e só para quando consegue de verdade”, conta a aluna Katariny Rodrigues.

Vinícius e o irmão são sustentados pela mãe, a autônoma Sandra Sueli Ferreira, que vende biscoitos. “Agora eu não sei como vou fazer, porque já está tudo muito perto. (…) Eu quero que ele chegue onde puder chegar, porque talento eu sei que ele tem”, explica. A matrícula na Escola de Teatro Bolshoi começa na segunda (3), mas o estudante precisa estar em Santa Catarina em fevereiro. Até lá, ele diz que vai insistir na vaga e que agora sonha com a ajuda de um patrocinador. O irmão mais velho, Vitor Ferreira, está desempregado e lamenta por não poder ajudar o bailarino. “Desde os 4 anos ele sempre se destacou em tudo que faz. E ele não tem medo de nada, ele se joga mesmo”, diz.

fonte: G1

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *